Aluguel não é sinônimo de uma casa sem personalidade e inúmeras restrições: ideias de arquitetura de interiores resolvem os ambientes sem grandes intervenções
Desde sempre, a locação de imóveis residenciais é uma alternativa que resolve o panorama de quem quer (ou precisa) ter sua casa, mas que naquele momento ou ocasião, a aquisição não é viável. Seja pelas condições momentâneas – os recursos para aquisição ou um certo período previsto para aquela localidade, o aluguel é uma escolha acertada e que resolve a questão das pessoas.
Por não serem donos, os inquilinos sempre são informados quanto às restrições de mudanças arquitetônicas, entretanto, quem disse que um lar alugado está longe de ser aconchegante, como se espera, e decorado como se deseja? Experiente, a arquiteta Carina Dal Fabbro afirma que esse êxito está na escolha de soluções inteligentes e bem acertadas – tanto para não interferir no imóvel, como no bolso do morador temporário. “O aluguel está longe de ser uma condição que resulta em um modo de vida descaracterizado e sem o senso de pertencimento. Independentemente do vínculo, é perfeitamente possível refletir a personalidade dentre e escolhas assertivas”, discorre.
Experiente, a arquiteta ressalta a importância de uma conversa alinhada com os moradores para entender as expectativas e conhecer os móveis que porventura já tenham para realizar os ajustes batizados como ‘maquiagem’. “Adoto esse termo por se tratar de um projeto sem grandes alterações estruturais, como a demolição de paredes, mas que com a aplicação dos produtos certos, proporciona um visual belíssimo, sem deixar evidente o vínculo temporário do imóvel”, detalha. Ela assegura que alterações pontuais propiciam uma atmosfera charmosa e que ressoa a personalidade e a satisfação de nomearem aquela edificação como sua casa.
Nada de transformações profundas
Como mencionado anteriormente, uma grande transformação pode ir contra os preceitos indicados pelo locador, como também não é benéfico para o inquilino, pois o dinheiro investido ‘não retorna’. Mesmo assim, caso seja essencial uma mudança, é estritamente fundamental consultar e obter a aprovação prévia, com os entendimentos documentados. “Quando conversado inicialmente com o proprietário ou a imobiliária, pode-se cogitar a possibilidade de negociar uma carência contratual por meio das melhorias e até mesmo uma reforma”, orienta.
Dessa forma, a troca de revestimentos – que muitas vezes é necessária –, ou a instalação, ou retirada de móveis planejados precisam ser acertados e aprovados com antecedência. Por outro lado, é totalmente liberada, sem requisição prévia, a aplicação de papel de parede ou pintura, desde que, ao fim do contrato e durante a devolução, as paredes sejam entregues com a cor branca ou tons claros.
Inove sem comprometer o orçamento
Equilibrar o desembolso financeiro é primordial, especialmente quando se trata de um lar temporário. Por isso, Carina exalta a importância de investir em soluções criativas e econômicas para renovar os espaços, sem abrir mão da qualidade e da estética.
Para evitar a substituição dos revestimentos das paredes, uma dica é realizar uma limpeza profunda nos azulejos antigos e renovar os rejuntes. “Asseguro que esses procedimentos por si já renovam muito o visual”, ensina a arquiteta. Caso não seja o suficiente para mudar o espaço, outra possibilidade é adesivar os azulejos ou, até mesmo, pintar as peças com tinta epóxi.
Para o piso, existe a opção de assentar piso sobre piso, em áreas molhadas como cozinhas e banheiros ou instalar piso vinílico, desde que a limpeza seja feita apenas com pano úmido, ao invés do hábito dos brasileiros de lavar as superfícies com água e vassoura.
Por fim, antes de sair comprando peças novas, Carina propõe um olhar aprofundado sobre aquilo que o futuro morador já tem. “Para evitar gastos com a aquisição de mobiliários novos, analiso aquilo que a família já tem. Em boas condições, uma cama, uma poltrona e um sofá com boa estrutura podem ser combinados na decoração ou mesmo reformados para integrar uma nova fase de vida, por exemplo”., instrui.
E antes de passar o cartão de crédito naquilo que não é possível deixar e lado, móveis soltos na sala de estar, jantar ou dormitório é uma solução inteligente, pois podem ser levados em uma mudança futura. Na cozinha, peças com rodinhas, posicionadas embaixo da pia, se revertem em uma boa pedida, já que também podem ser transportados para outros endereços e realocados até em uma área de serviço.
Carina Dal Fabbro Arquitetura
www.carinadalfabbro.com.br
@carinadalfabbroarq
Fonte: Da Redação/Assessoria