Construir Decorar

Como deixar o décor industrial ainda mais caloroso e elegante

As referências clássicas seguem conduzindo a aparência marcante do estilo, mas a leitura contemporânea incorporou aspectos que deixam os projetos muito mais vívidos

Quando o estilo surgiu, suas referências eram muito mais rústicas: tijolinhos à vista originais da edificação, piso, laje e estruturas – de concreto ou de serralheria aparentes. Essa estética deu origem ao estilo industrial que, depois de passado o período de frisson e tendência, definitivamente tornou-se um dos mais requisitados e preferidos na arquitetura de interiores contemporânea.

Mas o que antes evocava uma imagem mais rudimentar, passou a se modernizar com recursos que destacam a proposta do décor industrial, mas com uma leitura mais prática, moderna e suave, por assim dizer. O arquiteto Bruno Moraes, à frente do BMA Studio, reconhece que a identificação atual permanece com as tubulações e instalações elétricas visíveis, mas encontrou um meio termo quanto ao gradiente de rusticidade evidenciado nos projetos. “Essa adaptação aconteceu de forma natural e foi muito significativa, propiciando uma maleabilidade dos seus traços com outros parâmetros que respondem aos anseios do morar atual”, explica o profissional que trabalha e recebe um grande volume de clientes que trazem para o escritório as indicações do estilo.

Nessa transmutação, os aspectos que corroboravam para uma visão mais ‘pesada’ ou ‘agressiva’, tomaram novos rumos. Para o profissional, com a aplicação dos recursos certos, é completamente possível conceber a decoração dentro de uma ambiência leve e aconchegante. Acompanhe as dicas de Bruno Moraes:

Aposte em cores que tragam vivacidade:

Na entrada do apartamento, a marcenaria verde menta – escolha do arquiteto Bruno Moraes para a marcenaria que abriga a chapeleira que acomoda os itens dos moradores e visitantes –, adorna com simpatia a aura do cimento queimado do piso de porcelanato e a laje aparente de concreto | Foto: Guilherme Pucci

Com a predominância dos nuances de cinza, o arquiteto explica que os tons terrosos, comumente evidenciado nos tijolinhos, são sempre boas apostas para entregar um mix de cores dentro de uma proposta aconchegante. Nas possibilidades, ele também destaca que, quando bem dosado, cores vivas como verde, laranja, azul e as variações da cartela pastel resultam em composições super harmoniosas.

Spots direcionáveis e pendentes são peças imprescindíveis:

Levando em consideração o estilo dos moradores e as demandas inerentes ao ambiente, o projeto de iluminação dessa sala de estar é marcado pelos trilhos direcionáveis com spots. Os nuances de cinza são atenuados pelo amadeirado leve e ripado que chama atenção na estante com nichos e estrutura de serralheria projetada pelo arquiteto Bruno Moraes| Foto: Guilherme Pucci

Muitos detalhes podem (e devem!) ser funcionais e com a finalidade decorativa nos projetos. No capítulo iluminação, o profissional explica que a utilização de spots direcionáveis, pendentes modernos e luminárias modernas ofertam a luz indireta que entrega a atmosfera intimista de conforto. “Mais suaves, essa combinação não agride a visão e entrega em efeito agradável que esmaece a seriedade da maioria dos elementos do décor industrial”, detalha Bruno.

Na sala de jantar conectada à cozinha, toda a passagem da iluminação projetada pelo arquiteto Bruno Moraes é visualizada por meio dos cabos e spots fixados diretamente na laje. Dessas instalações, também ‘nasce’ a luminária pendente centralizada na mesa oval | Foto: Guilherme Pucci

Conecte-se com a natureza:

Um mix equilibrado nesse cantinho da varanda: o décor realizado pelo arquiteto Bruno Moraes exalta os tons terrosos dos tijolinhos, a madeira dos móveis e a delicadeza do cesto de palha. A adição das plantas deixou o espaço inspirado pela essência do natural | Foto: Guilherme Pucci

Nos toques de frescor incorporados ao décor industrial, as plantas trazem vida e purificam o ar, dando a expressão de sua cor ao ambiente. Muitos estudos revelam que a simples presença delas remove toxinas e, segundo a cultura oriental, afasta as energias negativas. Além disso, elas umidificam naturalmente os ambientes, trazendo oxigênio fresco para o espaço e conecta o ser humano com o belo.

Aposte em madeiras e tecidos

Com grande parte da área social integrada, o conceito industrial marca os ambientes e os une. No estar, a serralheria no móvel da TV, cimento queimado no piso e teto, e spots fixados no teto acolhem quem estiver por ali. | Foto: Luis Gomes

Uma decisão bastante acertada na estética industrial é trabalhar com a estética de materiais naturais como a madeira, que entrega ao ambiente a desejada sensação de aconchego. Entretanto, de acordo com a recomendação do arquiteto, deve-se dosar o seu uso para que, em demasia, não se sobreponha às características pretendidas para a decoração de interiores. Ainda de acordo com ele, outro elemento chave é o tecido, muito bem-vindo nos estofados de poltronas, sofás, mantinhas e enxovais de cama, entre outras possibilidades.

Com a integração de sala de estar, cozinha e varanda, os moradores podem conversar uns com os outros de qualquer ponto, pois não existe segregação alguma que atrapalhe a comunicação deles| Foto: Guilherme Pucci

Presença de cortinas:

Por aqui, o arquiteto Bruno Moraes investiu em um linho que trouxe leveza e sofisticação. Ao mesmo tempo, no décor a cortina resultou em uma solução bem interessante para a privacidade do morador | Foto: Guilherme Pucci

Autenticidade sempre

O cinza é tom predominante deste quarto de casal realizado pelo arquiteto Bruno Moraes: parede e teto foram pintadas com tinta que imita cimento queimado e, no piso, o porcelanato acompanha o mesmo visual. Executada em linho cinza, a cortina entrou em cena para criar uma clima afetuoso | Foto: Luis Gomes

BMA Studio

(11) 2062-6423
@brunomoraesarquiteturastudio

Fonte: Da Redação/Assessoria/BMA Studio

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