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Base de mesa: sustentação do móvel participa como adereço decorativo e deve ser definida também com base no conforto

A arquiteta Júlia Guadix traz suas orientações e ressalta a importância dessa escolha tanto por questões estéticas, como na funcionalidade dos ambientes

Muito mais que um mero detalhe, a base da mesa faz sim toda a diferença para o móvel e a proposta visual do ambiente. Apostar em estruturas modernas muda completamente o visual do espaço, bem como entregam charme e sofisticação ao projeto. Entretanto, a estética não deve ser o único atributo considerado, já que o conforto e segurança são igualmente determinantes para a escolha desse item.

“Não abro mão de analisar o impacto visual da base para os projetos. Em um estilo farmhouse, o ideal é dispor de uma estrutura de madeira mais pesada e robusta, enquanto a proposta industrial combina muito bem com o material metálico. Já em um olhar mais minimalista, eu pensaria em cores mais claras e sem elementos cruzados”, explica a arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Studio Guadix. Acompanhe as demais dicas detalhadas por ela:

Critérios

A mesa Saarinen evoca uma base fina que possibilita o movimento dos pés. Além disso, combina não só com as cadeiras Charles Eames, mas permite uma infinidade de composições que podem mudar completamente a proposta do ambiente de jantar |Foto: Guilherme Pucci

De acordo com a profissional, antes de eleger a base deve-se avaliar a posição do móvel no layout e como as cadeiras ficarão. No caso de um canto alemão, por exemplo, demanda-se uma sustentação central ou uma realizada por meio de pés magrinhos, no centro, para facilitar a movimentação no sofá da mesa e evitar joelhos machucados. Outro ponto a ser avaliado diz respeito ao décor, pois a mesa é uma das peças principais. “Um toque mais rústico não conversa com materiais como vidro ou uma madeira mais refinada. A indicação é pensar em uma peça com o peso visual concentrado, como um madeira mais de demolição ou um metal mais pesado”, comenta.

Materiais

A mesa de madeira eleita pela arquiteta Júlia Guadix para essa varanda recebeu a base mais clássica, com quatro pernas. Esse modelo oferta maior comodidade, eliminando as desagradáveis trombadas de joelhos |Foto: Guilherme Pucci

Madeira: Boa opção para ambientes com estilo clássico, farm house e rústico. Para quem deseja dar mais modernidade para a sala de jantar, a madeira laqueada resulta em mais possibilidades de decor.

Metal: É um modelo mais simples, mas que coopera quando a intenção é ampliar os espaços. A base para mesa de jantar de metal é prática para ser limpa e perfeita para ambientes menores.

Vidro: Podem ser em tons mais tradicionais, como branco, bege ou cinza, mas hoje temos uma infinidade de cores para escolher. De acordo com Júlia, investir na qualidade e na resistência da base para mesa de jantar de vidro é indispensável, pois a estrutura precisa aguentar o tampo de vidro que a complementará.

Pedra: Mármore ou granito criam um ar sofisticado dentro de casa e, no décor, vale investir em aparadores com o mesmo material, resultando em um aspecto ainda mais interessante.

Formato e estilo

No canto alemão, a arquiteta Júlia Guadix optou por uma base compatível com o banco e não atrapalha a movimentação do sentar e levantar. |Foto: Guilherme Pucci

O formato e estilo da mesa são outros elementos decisivos. Ao escolher entre tampos redondos, retangulares, quadrados e ovais, o morador deve alinhá-los à base, proporcionando mais conforto para o sentar e levantar. Algumas vezes, peças centrais e únicas respondem como uma solução adequada se comparada às tradicionais de quatro apoios. Já para tampos maiores, a recomendação é dispor de, pelo menos, dois pontos de sustentação para ampliar a segurança. “O principal é que a mesa seja estável, sem riscos para ninguém e pesada o suficiente para dar estabilidade”, orienta a profissional. Mesas redondas, ovais, quadradas ou retangulares podem ter uma base mais central, sendo que para as duas últimas, também podemos pensar em pés nos cantos.

Tamanho ideal e conforto

Nesta sala de jantar executada pela arquiteta Júlia Guadix, a mesa Saarinen contempla uma base com estrutura fina e sua cor combina com o restante do espaço |Foto: Guilherme Pucci

Saber o tamanho do local é fundamental para que mesa e base não ocupem espaço em demasia. De maneira geral, é preciso fazer com que as cadeiras não esbarrem entre si e na mesa, além de permitir uma boa circulação para as pessoas. A arquiteta explica que o caminho é calcular a base em função do tampo, de modo que a altura final esteja entre 75 e 78cm – altura que fica confortável com as cadeiras, permitindo uma altura confortável de 25 a 30cm entre o tampo e o assento. Em uma situação em que o tampo apresenta 5 cm de espessura, o pé pode ter de 70 a 73cm de altura, por exemplo.

Base para mesa com material reciclado e DIY

Quando se trata de executar a própria base de mesa, não há limites para a criatividade e os materiais podem ser os mais diversos. Júlia esclarece que o primeiro passo é buscar imagens de referência e analisar os materiais que você tem à disposição, ou que pode comprar para execução da base. “Se você já tem uma mesa bacana, mas quer mudança, uma boa pintura basta. Para criar algo novo, cavaletes são opções fáceis para base. Se tiver mais disposição, pode revestir um vaso com ripas de madeira ou até se aventurar criando uma base concreto”, sugere Júlia.

Studio Guadix

Av. Dr. Cardoso de Melo, 291, São Paulo – SP
(11) 94537 – 0101
www.studioguadix.com
Instagram: @studioguadix

Fonte: Da Redação/Assessoria/Studio Guadix

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