O uso minimalista dos itens de marcenaria e a técnica de camuflagem são uma forte tendência dos projetos de interiores e também uma ótima alternativa para otimização de espaço, sem comprometer estética e a funcionalidade
Um guarda-roupa que você não vê, mas que está ali atrás da parede do quarto ou atrás de um espelho; extensão de uma cama de solteiro, que além de uma mobília de apoio para objetos, é também um baú para brinquedos; ou então as portas dos armários de cozinha que trazem leveza para ao ambiente e ao mesmo tempo mais praticidade para usar os utensílios domésticos. Dentro de um projeto de decoração de interiores, os armários podem ter mais do que a mera função de armazenar. Eles podem se misturar ao revestimento da parede e até passarem despercebidos, ou integrar a ornamentação, trazendo charme, leveza e personalidade aos ambientes.
A arquiteta Luísa Azevedo, que assina o design de interiores dos decorados do Euro Towers, um empreendimento da Euro Incorporações, observa que hoje é forte essa tendência das peças em marcenaria se fundirem a outros elementos dos ambientes. “Quanto aos armários, por exemplo, eles se configuram na atualidade, como um ornamento, e se confundem, muitas vezes, com um painel ou revestimento de uma parede”. explica.
De acordo com a profissional, essa é uma tendência que vem de fora já há um tempo, sendo uma característica de minimalismo, uma característica muito comum na Europa, onde os apartamentos são muito menores. Ela diz que a ideia é pensar que “tenho tudo, mas não preciso ver tudo”. Assim, uma cozinha, por exemplo, pode ser camuflada dentro de um armário, onde se torna um ambiente por inteiro, muito aconchegante. “É cada vez mais frequente no Brasil o uso desse conceito de trazer leveza aos ambientes, dispensando-se todo excesso, mas mantendo todas as funcionalidades que os usuários do ambiente irão precisar”, comenta a arquiteta, enfatizando que é possível adaptar essa tendência a vários estilos de decoração, mantendo a personalidade e otimizando espaço.
Minimalismo
Nos decorados do Euro Towers, tanto na unidade office, quanto na unidade home, Luíza trás alguns ótimos exemplos dessa decoração mais minimalista, porém cheia de charme. Na cozinha do apartamento home do empreendimento, ela usa um painel de mdf no cinza sagrado e nas portas do armário que abriga a área de serviço foi utilizado um lambril com frisos a cada 10 cm para manter a ideia da camuflagem. O resultado é uma cozinha elegante, com tudo ao alcance do morador, mas que encanta o convidado, sem que este veja o que não precisa ser visto, ou que não se deseja mostrar. Uma dica da profissional para a cozinha é dispensar o uso de puxadores ou usar um muito pequeno que não chame a atenção, assim as portas dos armários viram também um painel na parede.
Essa técnica decorativa, segundo a arquiteta, promove a integração dos ambientes por completo, um conceito atual que propõe que os ambientes que nem sempre estão muito bem arrumados, fiquem mais escondidos. Isso tem se tornado cada vez mais comum nas áreas de serviços de apartamentos compactos, que são anexas à cozinha e muito próximas da sala. Assim, esse artifício da camuflagem, além de adornar o ambiente, facilita a organização do espaço.
Leveza e sutileza
Referência no mercado goiano, o arquiteto William Hanna criou para o decorado do Parque Noronha, empreendimento residencial em Goiânia também da Euro Incorporações, ambientes com armários que são peças integrantes de um projeto de interiores fluído e que ornamentam o espaço com cores e formas.
No quarto do casal, por exemplo, ele traz toda a parede revestida com um ripado cinza, junto a um armário embutido com o mesmo revestimento. O quarto da criança, conta com uma cama baú, em que as gavetas inferiores são o foco da decoração e deixam espaço para a dúvida: aqui tem um armário ou não? Segundo o arquiteto, essa é uma solução para que as peças de marcenaria sejam um dos focos da decoração. “Eles [os armários] são peças importantes no design de interiores. A ideia é adotar uma proposta leve e sútil por meio da camuflagem, sem perder a funcionalidade”, reforça Hanna.
Ele destaca que sua proposta para o projeto do decorado é mostrar as possibilidades para futuros usuários, com o uso de elementos marcantes e atemporais, que podem ser utilizados em seus projetos. “O minimalismo é uma forte tendência, mas minha proposta é ligada a um contexto de necessidade do usuário, fazendo esse equilíbrio entre a inovação e a funcionalidade que faz sentido para o morador”, enfatiza.
Dentro deste conceito, William apresenta na cozinha do decorado do Parque Noronha armários que trazem transparência e exercem a função de cristaleira. “Utilizei bastante a camuflagem neste projeto. A cristaleira, por exemplo, ganhou mais protagonismo, com o uso de uma iluminação interna para dar um destaque nesta peça”, conta.
Fonte: Da Redação/Assessoria