Especialistas dão dicas de arquitetura para evitar acidentes, como escorregões, e para proteger as peças de madeira
A piscina é uma área de destaque em qualquer ambiente, mas alguns cuidados devem ser tomados na hora de fazer a construção. A escolha certa de madeiras para esses ambientes não apenas contribui para a estética, mas também desempenha um papel crucial na segurança. Os decks são capazes de transformar o visual, proporcionando uma atmosfera acolhedora e elegante.
“A madeira sempre deve ser trabalhada de forma seca e precisa ser de alta durabilidade e densidade. As de floresta plantadas oferecem um custo mais baixo e podem receber o tratamento de autoclave, oferecendo uma durabilidade bem maior. Em seguida, um verniz ou um stain ainda podem fazer o acabamento”, afirma Tomas Barata, professor do Departamento de Tecnologia da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP).
O especialista aponta também que o deck deve ter um espaço entre 0,5 cm e 1 cm entre as peças para que água escorra rapidamente; os cantos devem arredondados (tanto ao escoamento como para melhorar o contato com o corpo) e, por fim, que seja feito um isolamento do piso com o solo.
“A fixação também precisa de preocupações. O parafuso que estará em contato com a madeira que está embaixo da estrutura. Então, fazer uma pingadeira a fim de evitar a entrada de água é necessário. Proteger as áreas que podem receber mais umidade, como extremidades do deck e da estrutura que está embaixo, é eficaz ao evitar patologias. Por fim, nunca se deve enterrar a peça de madeira diretamente no solo”, diz Barata, que é doutor em Arquitetura e Construção pela Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da UNICAMP.
Potencializar os benefícios
Barata ressalta que o ideal ao realizar a usinagem da peça é deixar uma ou duas rasuras na parte inferior com intuito de evitar o encanoamento. Intercalar as emendas, evitando criar uma linha reta, é outro fator que deixa o deck mais bonito.
“Algumas pessoas gostam de fazer a mudança de direção no deck, com uma ligação à 45º. Isso cria uma ponta na extremidade, que acarreta em uma certa fragilidade e aumenta o risco de uma pessoa bater o dedo do pé, por exemplo. Em todos os casos, é preciso atenção na hora de contratar a mão-de-obra e, posteriormente, na manutenção”, destaca o especialista.
A utilização do stain é a melhor forma de proteger peças de madeira utilizadas em deck, segundo Kelly Lima, analista de marketing da Montana Química. Sua utilização, além de aumentar a beleza do acabamento das superfícies, ainda pode conferir propriedades antiderrapantes, que evitam os riscos de escorregões e quedas.
“São diversas opções feitas visando aumentar a durabilidade da película protetora e repelir a água, evitando o empenamento da madeira. Além disso, ainda existem opções com ação fungicida, evitando fungos causadores de manchas e bolores, e com filtro solar para proteger dos raios ultravioleta do Sol, algo essencial em áreas de piscina”, aponta Kelly Lima.
Fonte: Da Redação/Assessoria/Montana Química