O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará R$ 24,5 milhões para a produção de madeira plástica pela empresa Madeira Plástica Ambiental S.A. O aporte será para a expansão da fábrica em União da Vitória, Paraná, que tem previsão de dobrar a capacidade atual instalada, alcançando 2.000 toneladas de madeira plástica por mês. Parte do investimento é feito por meio do Fundo Clima, no montante equivalente a R$ 12,6 milhões com taxa fixa e R$ 11,9 milhões em crédito a taxas de mercado.
No modelo linear de produção, os recursos são extraídos do meio ambiente, depois transformados em produtos que são descartados após o uso. O descarte inadequado de resíduos provoca contaminação da vegetação e de corpos d’água, estimula a proliferação de potenciais transmissores de doenças contagiosas e afeta a saúde dos residentes do entorno. A biodegradação do material orgânico, que ocorre em aterros sanitários, produz gás metano, o que intensifica o aquecimento global.
Segundo o relatório The circularity gap report de 2019, só 9% da economia global é circular, o que significa que o planeta reutiliza menos de 10% das 92,8 bilhões de toneladas de minerais, combustíveis fósseis, metais e biomassa consumidos todos os anos em processos produtivos.
“A fábrica surgiu com o propósito de resolver um problema ambiental, transformando rejeitos em resíduos, que não teriam outro fim se não aterro industrial. Durante esta caminhada, encontramos enormes desafios econômicos, de comercialização e desenvolvimento de tecnologia, que foram vencidos através de uma equipe unida que construiu a essência da In Brasil. Assim, do compromisso com o meio ambiente, nasceu a Madeira Plástica”, explica o diretor executivo, Osmar Mequelissa.
O projeto está aderente ao Fundo Clima na modalidade Resíduos Sólidos, que prevê, dentre os itens apoiáveis, o desenvolvimento e implantação de logística reversa e manufatura reversa. Ele também está alinhado ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos ao contribuir para reciclagem dos resíduos industriais, porque reduz o descarte em aterros sanitários e incineradores e reintroduz os insumos ao processo industrial.
Fonte: Da Redação/BNDES