A arquiteta Rosangela Pena destaca a importância de selecionar o material adequado para um dos móveis mais importantes da casa, considerando visual, conforto, manutenção e longevidade do acabamento
Seja na sala de estar, no escritório ou até mesmo em áreas externas, o sofá sempre ocupa um lugar de destaque. No entanto, a qualidade do acabamento que vai vestir o estofado precisa entrar na prioridades na hora da compra. O acabamento de um sofá envolve etapas muito importantes em sua fabricação, incluindo costuras, encaixes, tipos de bordas e outros elementos que influenciam tanto na estética quanto na durabilidade do móvel. Esses aspectos não apenas garantem uma aparência refinada, mas também asseguram a resistência e a longevidade, tornando-o um investimento que alia beleza e funcionalidade.
A arquiteta Rosangela Pena, à frente do escritório Ronsagela Pena Arquitetura, ressalta que em seus projetos a seleção do acabamento do sofá leva em conta, como ponto de partida, qual será o ambiente e como ele será usudo pela família. “Sempre informo o conceito técnico e estético das alternativas, enfatizo a durabilidade e deixo o cliente ciente e livre para direcionar as escolhas”, explica a profissional. Ela ainda destaca que uma boa compra pode transformar o sofá em uma peça central que agrega valor à decoração, enquanto um material de baixa qualidade pode comprometer tanto a aparência quanto a vida útil do estofado.
Conforto é prioridade
O acabamento influencia significativamente no conforto oferecido pelo móvel. A definição de materiais macios e de alta qualidade garante que o estofado não apenas tenha uma aparência agradável, mas também ofereça o máximo de bem-estar para os usuários. Tecidos como algodão, linho e veludo, por exemplo, são conhecidos por sua suavidade e durabilidade, proporcionando uma sensação agradável ao toque e suportando bem o uso diário. “Enchimento e estrutura também são critérios importantes que estão ligados à ergonomia, com encostos ajustáveis, profundidade adequada do assento e almofadas que auxiliam para uma boa experiência”, explica a arquiteta. Aqui vale uma observação importante: para quem têm crianças e animais domésticos em casa, a dica é usar lona de algodão ou tecidos sintéticos, que são duráveis e fáceis de limpar. Deve-se evitar seda, veludo e tecidos finos, que são mais delicados. Linho e tramas também não são recomendados devido a possíveis arranhões e rasgos.
O tipo do ambiente, assim como o clima do local, também deve ser levado em consideração. Para o living ou o home theater, opte por um material de toque macio, que remeta ao aconchego. Ainda no estar, prefira tecidos mais nobres e imponentes a fim de conquistar sofisticação. Por fim, em locais de muito calor, a recomendação é recorrer ao linho ou algodão puros, materiais mais frescos. Para lugares frios, o veludo e a lã são boas pedidas.
Influência na decoração
A escolha do acabamento do sofá é uma ferramenta poderosa no design de interiores, capaz de transformar completamente a estética e a versatilidade de um ambiente. Com a seleção cuidadosa de cores, texturas, estilos e materiais é possível resultar em um espaço que não só atenda às necessidades práticas dos moradores, mas também reflita sua personalidade e gosto estético. “Através do acabamento podemos tornar o ambiente mais moderno, rústico ou clássico. Por exemplo: um sofá revestido de couro nos traz uma sensação de sofisticação, diferentemente de um modelo com lona, que transmite um ar mais descolado, casuall”, explica Rosangela Pena.
Acabamento e acústica
A escolha do acabamento do sofá pode ter um impacto significativo na acústica de um ambiente. Tecidos macios e porosos, como veludo, chenille e linho, ajudam a absorver o som, reduzindo a reverberação e os ecos. Por outro lado, superfícies mais sólidas e lisas, como o couro, tendem a refletir o som, aumentando a reverberação e os ruídos no ambiente.
Acabamentos para alta exposição solar
De acordo com Rosangela Pena, ambientes com alta exposição à luz solar pedem revestimentos que sejam duráveis e resistentes ao desbotamento. “Recomendo materiais especificados por seus fabricantes para área externa, como exemplo madeira naval e tecidos Aqua Block, que são extremamente fortes e duráveis”, aconselha. Além disso, a profissional recomenda usar capas removíveis que possam ser lavadas e substituídas, e considerar o uso de cortinas ou persianas para controlar a quantidade de luz solar direta que incide sobre o estofado, protegendo assim o tecido e aumentando a sua longevidade.
Sustentabilidade
Avaliar a sustentabilidade e o impacto ambiental dos acabamentos de sofás também deve ser levado em consideração. Isso envolve vários fatores, incluindo a origem dos produtos, o processo de fabricação, a durabilidade e a possibilidade de reciclagem. Rosangela Pena afirma que a busca por materiais naturais e de origem sustentável, como algodão orgânico, linho e couro vegano, tem aumentado. “Também é importante conhecer o processo de fabricação para entender e avaliar o impacto ambiental gerado, além da durabilidade do produto, elegendo acabamentos duráveis que tendem a ter uma vida útil mais longa”, finaliza.
Manutenção e Limpeza
No caso dos tecidos, procure as opções com aplicação de teflon, mais resistentes e de fácil manutenção. Para limpar basta pano úmido. Com relação à limpeza mais pesada, melhor contratar empresas especializadas em higienização de estofados. Lembrete importante: nunca passar produtos químicos no sofá, pois há o risco de manchá-lo.
Rosangela Pena
@rosangelapenaarquitetura
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Fonte: Da Redação/Assessoria