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Aprenda como definir a madeira ideal para pisos, painéis, portas e decks externos

Como um dos materiais mais aclamados nos projetos de arquitetura residencial, a tipologia certa assegura resistência e vida longa nas suas diferentes aplicações

A madeira é um dos materiais naturais mais empregados nas construções arquitetônicas, desde os primórdios da civilização até a contemporaneidade, devido sua versatilidade de aplicações, durabilidade e a estética única atribuída às diferentes espécies e características de cada tipologia.

Nos projetos de arquitetura, o uso adequado da madeira valoriza a edificação, criando ambientes agradáveis e sustentáveis |Projeto Sabella Arquitetura | Foto: Manuel Sá

Segundo Frederico Sabella, arquiteto à frente do escritório Sabella Arquitetura, a escolha varia em função de cada demanda – pisos, painéis, portas e decks externos –, acompanhada por uma análise criteriosa das condições e especificidades da madeira. Nessa avaliação, ele relaciona a resistência ao desgaste, variações climáticas e fatores estéticos como determinantes para assegurar a conservação e o bom desempenho de cada peça. “Sem dúvidas, a execução correta é capaz de valorizar o projeto arquitetônico, além de proporcionar ambientes duradouros, agradáveis e em harmonia com a natureza”, revela.

Entretanto, ao trabalhar com madeira, ele destaca ser necessário um emprego coerente e responsável, resultante de cultivos sustentáveis. “Por questões éticas e de consciência ambiental, trabalhamos apenas com certificadas, fruto de práticas de reflorestamento e oriundas do Brasil”, explica. O arquiteto ainda acrescenta que as madeiras ecológicas, como também são conhecidas, reduz o desmatamento através do manejo controlado e sustentável, evitando que o setor contribua para o agravamento das mudanças climáticas, tema central a ser enfrentado em todo o planeta.

Madeira para piso

Na escolha de pisos de madeira, o arquiteto Frederico Sabella destaca três pilares essenciais: resistência e longevidade, a relação custo x benefício vinculada ao projeto e a sintonia estética com os demais acabamentos especificados. Nesse projeto, foi utilizado o piso em Cumaru nas áreas sociais. |Projeto Sabella Arquitetura | Foto: Manuel Sá

De acordo com Frederico, a avaliação do piso de madeira leva em conta critérios como o estilo da arquitetura previsto para o projeto, a resistência conforme a necessidade do local e o fator custo x benefício. Entre as tipologias, ele discorre sobre o Cumaru, com sua tonalidade escurecida, o Carvalho e a Sucupira, ambos com variações mais claras. “Considero que as três apresentam um preço intermediário”, discorre.

Entre as tipologias ‘nobres’, o Jatobá, árvore conhecida pela capacidade de viver por cerca de cem anos, é aclamada por sua matiz quente e brilho natural. “Porém, esses aspectos refletem no preço elevado da madeira”, ressalta o arquiteto.

Outra possibilidade elencada é a madeira de demolição que, apesar de não dispor da mesma resistência em comparação às opções anteriores, figura como uma alternativa interessante para pisos devido ao seu caráter sustentável e custo mais atrativo.

Painéis de madeira

A aplicação de painéis, sejam eles internos ou externos, requer atenção à estabilidade dimensional, pois variações de temperatura e umidade ocasionam dilatações. Compensados e madeiras bem tratadas mantém a beleza sem perder a naturalidade. Na área externa dessa casa, o arquiteto Frederico Sabella utilizou a madeira Cedro que se estendeu por grande parte do vão coberto pelo pergolado | Projeto Sabella Arquitetura | Foto: Manuel Sá

Os painéis de madeira são frequentemente contemplados em revestimentos de paredes, armários e divisórias, trazendo textura e elegância. Entre as possibilidades estão o Freijó, conhecido por sua cor clara e suave que resulta em um visual moderno, enquanto o Cedro, em uma variação mais quente. “Podemos considerar também o MDF”, diz Frederico que sugere atenção com relação à estabilidade dimensional das peças utilizadas em projeto, pois variações de temperatura e umidade podem causar dilatação.

A madeira ripada, bastante utilizada em fechamentos, internos ou externos, trata-se de um espaçamento entre as peças, resultando em um ritmo vertical que complementa, por exemplo, uma sequência de planos de vidro. Geralmente é empregada piso-teto e sem montantes intermediários. “Além de adicionar textura ao conjunto arquitetônico, os ripados contrastam com revestimentos lisos como pisos e pedras. Quanto à tonalidade, buscamos harmonizar o conjunto com a utilização de madeiras mais quentes para equilibrar a aparência sisuda do concreto aparente”, completa.

Portas de madeira

O arquiteto Frederico Sabella salienta que em projetos de alto padrão a madeira maciça de reflorestamento é preferida, ainda que o MDF com lâmina natural seja uma alternativa viável. Nesse projeto, a porta pivotante foi executada em Freijó.| Projeto Sabella Arquitetura | Foto: Manuel

Para que as portas disponham de resistência mecânica, bem com aspectos consonantes ao projeto de arquitetura, madeiras como Mogno, com seu tom avermelhado e propriedades que atendem às variações climáticas; o Cumaru, reconhecido pela sua resistência, e a Peroba Rosa são escolhas certeiras.

Pensando nos espaços internos, Cedro, Freijó e Tauari são mais populares, especialmente em acabamentos lisos ou entalhes que delineam traços sofisticados. “Nosso parecer técnico leva em conta questões particulares como o isolamento acústico, por exemplo”, relata Frederico.

Para projetos de alto padrão, o especialista sempre considera a madeira maciça derivada do plantio de reflorestamento, ainda que essa escolha impute um valor mais elevado. No entanto, também é viável selecionar modelos com excelente resultado estético alcançado pelo MDF com lâmina natural ou laminados que imitam a aparência da madeira maciça. “Embora com durabilidade inferior, seu preço é mais competitivo quando precisamos combinar qualidade dentro de um orçamento mais enxuto”, complementa.

Deck externo de madeira

Para a confecção de decks externos, é fundamental considerar madeiras que suporte a umidade e variações climáticas. Nessa piscina com borda infinita, o arquiteto Frederico Sabella desenhou o deck em ‘L’ abraçando a piscina. Nele foi empregada a madeira Cumaru. | Projeto Sabella Arquitetura | Foto: Manuel Sá

Para um deck externo, a madeira deve ser, impreterivelmente, resistente à umidade e às variações resultantes das intempéries da natureza. Para tanto, o Ipê, Cumaru e Garapa são as tipologias populares, todavia a equipe de projetos do escritório Sabella Arquitetura aponta a preferência pela Teca, espécie naval utilizada na construção de barcos devido à alta densidade e resistência.

Para a sua construção, as réguas costumam apresentar espessura entre 22 e 45 mm e uma paginação de peças com largura de 5 a 7 cm para um resultado mais elegante e delicado.

Sobre o Sabella Arquitetura

Sabella Arquitetura é um ateliê liderado por Frederico Sabella, dedicado ao segmento residencial de alto padrão. Fiel aos princípios da arquitetura contemporânea, valoriza a simplicidade formal, o acabamento primoroso e a conexão com a natureza. O escritório atua desde a concepção até o acompanhamento da obra, com colaboradores especializados em paisagismo, design de interiores e iluminação. Seus projetos visam encantar os clientes, focando na viabilidade financeira e atendimento personalizado, resultando em uma arquitetura única e atemporal. Localizado em Pinheiros, na capital paulista, Sabella Arquitetura convida você a conhecer seu trabalho.

R. Francisco Leitão, 653, cj 21, Pinheiros, São Paulo

(11) 2691 2696

www.sabella.com.br
Instagram: @sabella.arquitetura

Fonte: Da Redação/Assessoria/Sabella Arquitetura

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