Tecnologia D.Coat permite metais com cores exclusivas, resistentes à abrasão, sem precisar de pintura
Inovar de forma constante. Esse é um dos principais objetivos de um time de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). E muitas vezes, a próxima revolução surge da combinação de ideias diversas.
No caso da Dexco, casa de marcas de materiais de construção, a necessidade de expandir seu portfólio e diversificar as tonalidades de metais, mantendo foco na durabilidade e resistência dos produtos, fez a empresa optar por utilizar a mesma tecnologia de metalização de motores de carro e partes de avião para colorir torneiras e outros artigos de metal de banheiro e cozinha.
O PVD (Deposição Física de Vapor) é um processo de metalização realizado em um sistema sob vácuo, em que finas ligas metálicas (tais como zircônio, titânio, cromo) depositadas sobre diversos tipos de superfícies, são evaporadas, resultando em metais com cores resistentes à abrasão, sem precisar de pintura ou proteção adicional. Batizada de D.Coat, a tecnologia está sendo ampliada dentro dos produtos da marca Deca, fabricante de louças e metais sanitários do Sul.
“Mesmo na versão fosca, a nossa tecnologia D.Coat mantém a estrutura da liga do metal, então não fica parecendo plástico ou algo que esconde o material. E é tão resistente que não descasca. Para tirar a cor é preciso arrancar o metal”, conta Ronaldo Ruas, coordenador de engenharia industrial da Dexco.
Marina Crocomo, diretora de Marketing e Design da Dexco, complementa: “Estamos há 10 anos investindo em cores e em aprimorar nossos acabamentos, nos desafiando a criar cores únicas e diferenciadas da concorrência. Ao todo, já investimos cerca de 200 milhões na nova tecnologia”.
As inovações da empresa crescem em um momento em que, no universo da construção e reforma, o uso de metais coloridos em cozinhas e banheiros está em alta. Grandes marcas do mundo inteiro estão olhando nessa direção, e no Brasil, a tendência vem ganhando cada vez mais adeptos, voltando a aparecer com mais força durante a pandemia, com as pessoas passando mais tempo em casa e nos ambientes internos.
Cores que se tornaram ícones
Não é de hoje que o poder das cores é explorado por marcas globalmente famosas no mundo da moda para criar desejo, identidade e algo que vai além da estética: a conexão emocional com os consumidores.
“Hoje temos muitas cores exclusivas pelas quais somos reconhecidos e temos a maior paleta do mercado, mas, se formos escolher uma, seria o Black Matte a nossa marca registrada. Por questões históricas, temos um portfólio de chuveiros, torneiras, duchas e outros acabamentos black matte muito rico. De 2019 para 2020, o mercado começou a pedir a mudança do preto brilhante para o matte e nós fomos atrás de produzir o preto perfeito”, afirma Diniz Simões, gerente de Marketing de Produto Deca.
Segundo o executivo, o Black Matte dos metais da Deca é único e inconfundível. A marca conseguiu ter uma estrutura de máquina que fornece uma estabilidade de processos que o mercado não consegue atingir. “Os similares de mercado não são tão estáveis, acabam ficando cinzas, e muitas vezes aplicam verniz por cima para proteger o revestimento, quando não é apenas pintura.”, explica Diniz.
Pioneirismo: cores autorais e exclusivas
O investimento em cores nos últimos anos é considerado pioneiro. Marcele Brunel, head do Design Office da Dexco, explica que a inovação em cores, gerando lançamentos de tons contemporâneos que não existem hoje no mercado, como a Coleção Dynamic Colors, é um diferencial estratégico para atingir diferentes públicos dentro do mercado premium. “Nossas dynamic colors, como o Blue (azul), o Lilac (lilás), o Peach (pêssego – que é uma releitura do cobre), estão na vanguarda atualmente. Elas ainda não existem nem mesmo nas feiras internacionais”.
Segundo Brunel, para chegar nessas cores, a empresa fez uma junção das tendências de cores no mundo todo, coletadas via pesquisas, seja em feiras de moda, no mercado automotivo, na arquitetura, com uma análise do estilo de vida das pessoas para entender como o consumidor está se comportando e como as tendências refletem no desejo da maioria. Depois cruzou essa pesquisa com soluções que já existem e se encaixam no seu processo produtivo.
Para desenvolver a nova coleção Dynamic Color, o ponto de partida foi a mescla de tons atemporais com cores espontâneas, vibrantes e alegres que não seguem uma regra tradicional, ou seja, fogem do que é comum no mundo dos metais. São cores ousadas, que refletem a personalidade de quem usa, que estão ancoradas no pilar da ousadia.
Na nova coleção é possível encontrar tons vibrantes, neutros e suaves, frios reconfortantes e quentes acolhedores. “Queremos que a cor seja usada como autoexpressão, com senso de propósito”, diz.
A ascensão da neuroarquitetura e outras discussões sobre como estimular as emoções dentro dos ambientes, têm influenciado muito a marca Deca a se posicionar como uma provocadora de movimentos de mudança, principalmente na forma como as peças são combinadas.
“Nos anos 50, 60, a cor era muito presente nos ambientes, depois passamos um tempo vivenciando ambientes muito sóbrios e as cores saíram dessa composição. De uns anos para cá, voltou a discussão sobre a importância das cores, inclusive como forma de representar personalidade. E o mercado agora está resgatando a paleta cromática um pouco mais ousada”, diz Marcele.
Para o futuro, a empresa diz estar observando a reação do mercado para entender possibilidades de expandir o portfólio. “Estão nos pedindo muito a cor summer gold. Será inevitável planejar essa expansão, assim como fizemos com black matte. E o red gold se mantém no mercado bem cativo no brilhante. As outras cores estão fortes no matte e estamos apostando bastante em um marrom que criamos, uma versão mais quente do black matte”, conta a diretora Marina Crocomo.
Se você vir por aí ambientes com metais com cores únicas e super resistentes à abrasividade, ou ambientes que conseguem ter muitos componentes do black matte, muito provavelmente estará diante de produtos Deca. O know how único da empresa já se transformou em um símbolo poderoso de prestígio e de desejo. E, cada vez mais, a qualidade passará a ser inconfundível, como algo que se reconhece só de olhar.
Fonte: Da Redação/Assessoria/
