Com mercado em expansão, especialista da Lubrizol diz que é necessário ficar atento para escolher a tinta adequada para cada tipo de aplicação
Nos últimos anos, especialmente depois da pandemia, muitas pessoas têm demonstrado o desejo de renovar suas casas e apartamentos. Com isso, o mercado de tintas tem registrado crescimento. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) houve aumento de 3,3% no volume de vendas de tintas para imóveis em todo o Brasil no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a entidade, em 2022, o Brasil produziu cerca de 1,6 bilhão de litros do produto para diversos fins, sendo que a parte desenvolvida para edificações representa 82,5% desse total, com cerca de 1,358 bilhão de litros.
De acordo com Arlene Kita, gerente técnica e de marketing da Lubrizol, empresa fornecedora de matérias primas especiais para os produtores de tintas, esses dados reforçam a importância do investimento em Pesquisa e Desenvolvimento por parte das empresas fabricantes de tintas a fim de atender os clientes com as melhores tecnologias.
A especialista explica que o mercado dispõe de opções para os mais variados fins, sendo necessário utilizar o produto adequado para a aplicação desejada. A indicação do fabricante reflete todo o desenvolvimento da fórmula para entregar propriedades específicas como resistência à abrasão, cobertura adequada, flexibilidade ou dureza, etc. Segundo ela, além disso, o consumidor deve ficar atento às orientações do rótulo, pois o desempenho também está atrelado à preparação da superfície, correta diluição, tempo de secagem e número de demãos. Para que o resultado final seja satisfatório, as tecnologias de matérias primas usadas na formulação de uma tinta são fundamentais.
“Aditivos dispersantes juntamente com pigmentos de boa qualidade garantem uniformidade e estabilidade de cor, ou seja, não deixam manchas em áreas onde são necessários recortes ou retoques”, diz. Outra recomendação é em relação às tintas destinadas a áreas externas, em que há necessidade de resistência ao intemperismo – sol e chuva. “Essas tintas devem conter resinas desenvolvidas especialmente para esse fim, podendo oferecer flexibilidade para suportar microfissuras, maior resistência à pega de sujeira, o que reflete na durabilidade do revestimento”, destaca.
Para cada ambiente há um tipo de tinta e para cada tipo de tinta há requisitos mínimos de qualidade
Arlene conta que a ABRAFATI – Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – coordena o Comitê Brasileiro de Tintas que desenvolve metodologias de teste e definição de requisitos mínimos de qualidade para as tintas. Juntamente com o Programa Setorial da Qualidade – PSQ – monitora e busca elevar a confiabilidade na qualidade das tintas disponíveis no mercado. Os fabricantes contam com produtos específicos para cada ambiente. “Temos no mercado tintas apropriadas para áreas internas, externas, pisos, lajes, telhados, metais e madeiras. Cada uma dessas opções é desenvolvida especificamente para a aplicação descrita pelo fabricante”, comenta.
Um exemplo interessante são vernizes específicos para madeira, que é um material bastante crítico. Revestimentos para esse tipo de substrato contam com uma série de requisitos e longos testes para garantir sua durabilidade. A tecnologia embarcada para esses produtos precisa contar com características antagônicas como flexibilidade para acompanhar as movimentações de dilatação e contração da madeira e ao mesmo tempo dureza superficial para resistir a riscos e abrasão.
Para aplicações em que se deseja um comportamento mais elástico da tinta, como fachadas e lajes, Arlene reforça os cuidados na escolha do produto e no processo de aplicação. “Esses produtos devem conter resinas elastoméricas, que promovem o aspecto de emborrachamento da tinta garantindo que resistirá à movimentação do substrato não só imediatamente após a aplicação, mas ao longo dos anos. Para que se obtenha o correto desempenho, além de um produto de qualidade, a camada aplicada deve ser correta, seguindo a instrução do fabricante. Muitas vezes, as pessoas acham que a boa cobertura garante o desempenho, mas o que assegura o bom resultado é a aplicação no número correto de camadas”, afirma a especialista, que acrescenta que “quando há menos demãos que o necessário, pode haver cor ou cobertura da superfície, mas não há como garantir a as propriedades prometidas”.
Como pesquisar e saber qual a melhor?
Arlene diz que o primeiro passo para a escolha da tinta é saber quais as superfícies serão pintadas. Isso direcionará às opções disponíveis no mercado. A ABRAFATI, através do Programa Setorial da Qualidade, disponibiliza uma lista de produtos que são monitorados periodicamente e que atendem os requisitos mínimos de qualidade exigidos. “Ler o rótulo do produto para entender a preparação da superfície e as instruções de aplicação é um terceiro passo muito importante. Sabendo isso, o consumidor pode, inclusive, avaliar se o profissional contratado está fazendo da forma correta”.
“Vale destacar ainda que a escolha correta da tinta, aliada a uma boa aplicação, torna a obra mais sustentável tanto econômica quanto ambientalmente. Isso porque a pessoa evita gastos extras decorridos de erros e amplia a vida útil do revestimento e da edificação como um todo”, finaliza a especialista. A Lubrizol fabrica insumos para as principais fabricantes de tintas do mercado, desde resinas para diversas aplicações até aditivos dispersantes e modificadores de superfície.
Sobre a Lubrizol Corporation
A Lubrizol Corporation, uma empresa da Berkshire Hathaway, utiliza sua ciência incomparável para desbloquear imensas possibilidades em nível molecular, gerando resultados sustentáveis e mensuráveis. Fundada em 1928, a Lubrizol possui e opera mais de 100 fábricas, escritórios de vendas e laboratórios em todo o mundo, contando com aproximadamente 8.600 funcionários. No Brasil, a companhia possui duas fábricas, uma delas em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e outra em Paulínia (SP). A Lubrizol também conta com escritórios no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP), além de um laboratório de Pesquisa & Desenvolvimento na capital paulista.
Fonte: Da Redação/Assessoria