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Forro de madeira levam elegância e funcionalidade para os ambientes

O arquiteto Pietro Terlizzi mostra como o uso da madeira tem se destacado nos projetos resultando em sofisticação e aconchego

Estética imponente, sensação de acolhimento e excelente conforto termoacústico: esses são alguns dos predicados atribuídos ao forro de madeira na composição da arquitetura de interiores. Com estrutura formada pela combinação de ripas, com dimensões parecidas ou díspares de Cedrinho, Cumaru, Jatobá, Ipê, Pinus e Peroba, entre outras espécies, o material com aparência rústico-sofisticada é bem-vindo em projetos variados, dos mais clássicos aos modernos e contemporâneos.

Para o arquiteto Pietro Terlizzi, explorar as características do forro de madeira promove uma combinação única de elementos surpreendentes, elegantes e funcionais. “Embora as chapas de gesso sejam os materiais mais empregados em forros, é inegável a capacidade da madeira de valorizar, ainda mais, o projeto”, ressalta. Mas também vale ressaltar a importância de escolher a madeira adequada, ter atenção redobrada na instalação e manutenção.

Neste apartamento, o arquiteto Pietro Terlizzi optou pelo freijó para criar uma espécie de caixa que envolve painel, porta mimetizada e forro da sala de almoço. Outro ponto alto é a janela (passa-pratos) criada entre a sala e a cozinha para facilitar o vai-e-vem de utensílios e alimentos | Foto: Guilherme Pucci

A importância do forro nos projetos

Muito além de criar um teto surpreendente, o forro ajuda na resolução de questões técnicas na obra, como, por exemplo, ocultar com maestria as instalações elétricas, hidráulicas, a infraestrutura de ar-condicionado e outros sistemas comumente incluídos no vão do entreforro. “A avaliação das condições dos projetos é determinante para a decisão sobre o melhor tipo de forro para cada ambiente”, detalha Pietro Terlizzi.

Segundo o profissional, a escolha do forro envolve uma análise cuidadosa de vários fatores para garantir o resultado eficaz no que diz respeito à estética, funcionalidade e budget disponível. “Quando nos referimos à aparência, acontece uma relação direta com o material selecionado para sua execução. Sem dúvida, essa decisão influencia na atmosfera que o espaço transmitirá”, detalha. Por se tratar de material de alto investimento, especialmente em relação ao gesso, tudo começa na busca por empresas idôneas, vale pedir referências e pesquisar bastante. Saber se a empresa usa madeiras legais ou, em algumas vezes, certificadas também é um ótimo fator de escolha.

Nesta sala de estar, o arquiteto Pietro Terlizzi adotou o cumaru no forro, mas na marcenaria e nos painéis há o freijó. Sim, é possível misturar diferentes tipos de espécies e conquistar um resultado lindo. Veja que a madeira compõe um contraste importante com o piso de porcelanato com visual de concreto e a bancada de mármore Gris Armani | Foto: Guilherme Pucci

Conforto acústico e sensação de aconchego

O arquiteto enumera as vantagens do forro de madeira nos projetos. Além de trazer as almejadas sensações de aconchego e calor, o conforto acústico é outro ponto forte, sendo especialmente interessante em ambientes como salas de TV ou estar. “Isso acontece, pois a madeira absorve e dissipa o som, propiciando locais mais serenos e uma experiência de interiores diferenciada”, comenta Pietro.

Para compor o forro de madeira, algumas espécies são amplamente usadas, como Cedrinho, Cumaru, Jatobá, Ipê, Pinus, Peroba, entre outras. “É importante dar preferência aos tipos mais duros e, consequentemente, mais resistentes, sem dispensar, é claro, a proteção de verniz ou stain”, comenta Pietro. O modelo composto por ripas de madeira é o mais convencional e na instalação o cuidado é ver o posicionamento da estrutura do forro em relação aos pontos de instalação de iluminação e outras infraestruturas, além de um bom alinhamento das ripas e do nivelamento do forro como um todo.

Aqui, Pietro Terlizzi desenvolveu uma solução para o ar-condicionado que, obrigatoriamente, requer duas saídas, uma frontal e outra para baixo. Portanto, um forro inteiro de madeira não resolveria a questão, uma vez que tornaria as saídas para baixo e prejudicaria o funcionamento do equipamento. O jeito foi usar apenas uma parte do forro onde está o equipamento e ainda camuflá-lo| Foto: Guilherme Pucci

Durabilidade e manutenção

A durabilidade do forro de madeira é notável, uma vez que ele está protegido da luz externa, reduzindo o desbotamento do material. “Mesmo em locais que não há o contato com água ou umidade, a madeira precisa estar bem protegida”, alerta Terlizzi, destacando a importância da impermeabilização adequada. “Sugiro aplicar verniz e stain e reaplicar a cada 10 anos”, recomenda.

Pietro Terlizzi encerra os insights com uma dica valiosa: “Todas as madeiras utilizadas em piso podem ser usadas em forro. Portanto, se você busca um toque de sofisticação e aconchego em seu projeto de decoração, considere o forro de madeira como uma opção que agrega valor estético e funcional ao seu espaço”, explica.

O forro de madeira não é indicado para áreas úmidas – neste caso opte pelo gesso verde, específico para esses ambientes. A manutenção é considerada fácil e acessível, tornando o forro de madeira uma opção prática a longo prazo| Foto: Guilherme Pucci

Sobre Pietro Terlizzi 

Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, Pietro Terlizzi atua na área de arquitetura desde 1999, tendo passado por diferentes escritórios nos mais diversos segmentos (desde paisagismo até engenharia estrutural), absorvendo experiências e amadurecendo até abrir o seu próprio escritório, o Pietro Terlizzi Arquitetura. Com trabalhos nas áreas residências, comerciais e corporativas, o escritório se compromete com todos os detalhes do projeto, desde a criação do conceito até a escolha dos objetos e móveis. Para Pietro, a preocupação com a atividade e o impacto que o espaço projetado poderá causar, tais como a relação entre as escalas, a luz, a temperatura, as texturas e as cores, bem como a diversidade de percepção e experiência que cada um terá dentro dele, são os fatores que impulsionam cada nova criação.

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Fonte: Da Redação/Assessoria

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