Saiba como transformar seu lar em um refúgio de lembranças e sentimentos com escolhas que contam a sua história
Ter uma casa perfeita vai muito além de ter decorações, móveis e itens que se parecem com aqueles encontrados em revistas. Um lar deve contar e valorizar a história daqueles que moram naquele local. Além disso, incluir itens muitas vezes considerados imperfeitos e fora das tendências é justamente o que dá o toque e a identidade dos moradores.
Um dos conceitos que vem ganhando espaço justamente por gerar esse tipo de identificação é a decoração afetiva. A ideia de decorar o lar com elementos que remetem boas lembranças e criam ambientes agradáveis começou a crescer ainda durante o isolamento causado pela pandemia, onde as pessoas, que estavam dentro de casa, viram a necessidade de trazer mais aconchego e boas memórias para esse ambiente.

Apesar do isolamento ter chegado ao fim há alguns anos, esse tipo de decoração continuou crescendo e hoje se torna uma tendência cada vez mais forte e utilizada pelos designers de interiores.
O que é a decoração afetiva
O conceito nada mais é do que aquilo que o próprio nome diz: afeto. Embora esse termo já fosse o bastante para definir esse tipo de decoração, também se pode dizer que para compor um ambiente com esse estilo, basta respeitar as memórias e transformar cômodos simples em espaços carregados por memórias.
Como aplicar esse conceito em casa?
Ao contrário de decorações que seguem regras e padrões fixos, aqui, ela se torna pessoal e única. Por isso, para aplicar o estilo em casa é preciso seguir algumas regras, entre elas a intuição e as preferências de quem vive no espaço.
Móveis e objetos com história
Móveis herdados, objetos garimpados em bazares e comprados em viagem, o segredo para incorporar a decoração com base no afeto é utilizar tudo aquilo que traz memória.
Embora a tendência dessa proposta tenha um toque vintage, a casa não precisa ser ultrapassada, é possível misturar o novo com o antigo, adicionando tecnologia e objetos mais funcionais, mantendo o equilíbrio e o conforto.
Criando uma parede de memórias
Assim como os objetos, as paredes de casa também podem ser protagonistas nesse tipo de decoração. Na contramão do minimalismo, essa ideia propõe incorporar itens pessoais e importantes pelas paredes, criando um mural cheio de recordações.
Vale pendurar fotografias, quadros, presentes de amigos, lembranças de viagens ou até mesmo posters de filmes e jogos, transparecendo ainda mais a personalidade de quem vive ali.
A importância das cores, texturas e sensações
A decoração afetiva não se resume aos objetos que são colocados em casa, ela começa na base que escolhemos para eles. A seleção de pisos e revestimentos, por exemplo, é essencial para definir o tom do ambiente.
Pisos com aspectos naturais, como os que remetem à madeira, são capazes de trazer aconchego, já um ladrilho hidráulico pode resgatar a nostalgia da casa da avó. Pensar nesses elementos é construir a fundação de um lar que abraça.
Além disso, as cores também desempenham um papel importante na forma como cada um se sente dentro de casa. De acordo com o professor Josef Albers, em seu livro A interação com a cor, a psicologia das cores não atua de um modo isolado, a leitura como cada mente faz dos tons varia de acordo com o repertório pessoal, influenciando diretamente em como o cérebro é impactado.
Por isso, dentro dessa estética, vale investir em cores que tragam memórias afetivas importantes, como pintar as paredes da sala da mesma cor da infância ou incluir roupas de cama, cortinas e toalhas com estampas que trazem essas lembranças e a sensação de conforto.
Da Redação