Com a criação do CITI (Centro de Integração Técnica e Inteligência), a Agems (Agência Estadual de Regulação de Mato Grosso do Sul) está aperfeiçoando a fiscalização do transporte intermunicipal de passageiros, com a instalação de chips nos veículos cadastrados para realizar o serviço.
“Já chipamos aproximadamente 600 veículos, porque com isso nós sabemos se o ônibus ou a van saíram no horário certo, do lugar que deveria sair, qual o trajeto que ele fez e que horas vai chegar ao seu destino. Então, com esse Centro de Inteligência teremos todos os dados que vai facilitar a vida do passageiro. Vamos ter painéis nas rodoviárias que vai informar que horas o ônibus saiu, que horas ele vai chegar”, afirma o diretor-presidente da Agência, Carlos Alberto de Assis.
Ele explica que essa nova ferramenta de trabalho vai possibilitar também a modernização do sistema de gestão, para assim melhorar cada vez mais a qualidade dos serviços prestados aos usuários. “Vamos ter dados de qual a linha que tem mais número de passageiros, qual precisa ser melhorada, qual é deficitária, porque geralmente as empresas só querem as linhas que dão lucro, mas temos que atender toda a população de Mato Grosso do Sul, então vamos também fazer esse equilíbrio baseado em números, você não pode falar aleatoriamente, porque o empresário ele quer ter lucro e nós queremos que ele tenha lucro e que o passageiro seja bem atendido”.
A Agems vai disponibilizar o MS Trip, um aplicativo que vai permitir o acompanhamento online do ônibus. Com isso, caso ocorra um acidente com um ônibus, por exemplo, o passageiro poderá informar a Agência, que terá condições de saber o local onde ocorreu o acidente. Outra novidade é a instalação de painéis nas rodoviárias, onde o usuário poderá acompanhar o local de embarque e os horários de saída e chegada dos ônibus, além do local de desembarque.
Carlos Alberto de Assis, diretor-presidente da Agems, aposta na tecnologia para melhorar serviços de transporte de passageiros
Danos ambientais
Carlos Alberto de Assis disse que o próximo passo é a instalação de chips nos caminhões auto fossas, para evitar danos ambientais com a destinação irregular de dejetos. “É um desdobramento daquilo que a gente já está fazendo. O Centro de Inteligência é tão grande que poderemos agregar vários serviços, não só o transporte de passageiros. Por exemplo, lá em Bonito, as empresas de auto fossas estavam colocando os dejetos em lugares irregulares, não estavam levando para a Estação de Tratamento de Esgoto. Agora vamos chipar as auto fossas e vamos saber onde ele colheu esse dejeto e onde ele jogou esse dejeto. Se ele fizer fora do local onde tem que ser feito o despejo, ele será punido e pode até perder a autorização para trabalhar”.
Referência nacional
O CITI já é referência nacional em modelo de gestão moderna e despertou interesse de outras agências reguladoras. No final do ano passado, técnicos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da Arsal (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas) estiveram na sede da Agems para conhecer detalhes dessa nova ferramenta de gestão e operação.
Fonte: Da Redação/AGEMS
