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O equilíbrio dos mobiliários para ambientes grandes ou compactos

Marcenaria bem aplicada e escalas proporcionais resultam em projetos harmônicos e funcionais, conforme aborda o arquiteto Pietro Terlizzi

Dimensionar móveis de forma adequada é um dos segredos para uma arquitetura de interiores eficiente e harmoniosa. A capacidade de equilibrar ambientes grandes ou pequenos por meio da definição inteligente do mobiliário é uma arte que requer uma compreensão profunda sobre as proporções e a estética.

Ao longo de sua carreira, arquiteto Pietro Terlizzi ressalta sua obstinação por avaliar, de forma minuciosa, todas as necessidades envolvidas no projeto e, ao mesmo tempo, entregar um visual atraente e com as referências determinadas para o projeto.

“A proporção é a chave para evitar os erros”, inicia Pietro. Segundo ele, evitar o excesso de móveis é fundamental para manter o espaço arejado e, além disso, a escolha dos materiais e as cores também desempenha um papel importante na busca pelo uso confortável dos móveis no dia a dia. “A marcenaria muito bem estudada e sob medida é a solução que dita as dimensões que se encaixam perfeitamente”, sugere.

Na integração entre hall de entrada, cozinha, sala de jantar e estar, o arquiteto Pietro Terlizzi prolongou o rack por praticamente todo o perímetro da parede. Essa unidade permitiu fornecer espaço de armazenamento para todas as demandas da área social, incluindo o apoio de objetos decorativos e a possibilidade de assento em função da firme sustentação do móvel | Foto: Guilherme Pucci

Em grandes espaços, o arquiteto revela sua predileção por desenhar a marcenaria, uma vez que, com essa personalização, ele obtém um preenchimento adequado. “Olho o layout para identificar os pontos que melhor se encaixariam com um determinando móvel, considerando sempre o objetivo principal”, explica. Ainda segundo ele, a parcimônia deve acompanhar as decisões para não incorrer no risco de inserir mais do que o projeto realmente precisa.

Ele exemplifica uma sala de estar ampla que, em vias de regra, pediria por uma estante: em uma situação como essa, a leveza para evitar a sensação de um grande bloco pode estar na execução de fundos vazados que trarão o senso de conformidade. “Outra alternativa seria não elevar a estante até o teto, de forma a delimitar uma altura agradável, mesmo em uma dimensão maior”, sugere Pietro.

Opções de móveis para ambientes amplos: painéis e estantes são ótimas opções para entregar pontos de destaque. “Gostamos de mesclar esses elementos, seja para criar um nicho e oferecer um bar elegante ou adicionar uma bancada perfeita para um home-office funcional”, enumera o profissional.

Na biblioteca deste apartamento, o arquiteto Pietro Terlizzi aproveitou o desenho da estante para incorporar o acesso ao dormitório. Em madeira freijó, a predominância do amadeirado foi delicadamente contraposta pelo revestimento grafite em nichos pontuais | Foto: Guilherme Pucci

Já em espaços menores, o arquiteto aconselha não sobrecarregar o layout com móveis volumosos ou escuros. O caminho sugerido por ele é o de trabalhar com uma paleta mais suave tanto nas paredes, como no mobiliário, para conquistar a sensação de amplitude e, se possível, estudar o uso estratégico de espelhos, que podem estar em halls de entrada para refletir a luz e ajudar na percepção de que o imóvel é maior do que realmente é.

Para exaltar a paixão do garoto pelos heróis e carros de brinquedo, os nichos aéreos, em diferentes tamanhos, foi a decisão do arquiteto Pietro Terlizzi | Foto: Guilherme Pucci

Pietro esclarece que as áreas compactas são desafiadoras e, mais uma vez, enaltece a marcenaria sob medida com a ferramenta para resolver o x da questão. “Esse raciocínio possibilita otimizar o espaço com ideias inteligentes de armazenamento como gavetas ocultas e prateleiras verticais, bem como explorar a multifuncionalidade de camas retráteis e mesas com rodinhas”, especifica.

Para este home-office, o morador desejava uma estante sem portas e abertos para a exposição dos livros. Planejada até o teto, a estante de madeira freijó desenhada pelo arquiteto Pietro Terlizzi acumulou, além das atividades profissionais com perfeita ergonomia, uma porta camuflada e a instalação da TV | Foto: Guilherme Pucci

Opções de móveis para ambientes pequenos: versatilidade deve ser a resposta para peças como camas retráteis, sofá-cama e mesas expansíveis. “O bacana é que eles podem ser recolhidos quando não estão em uso ou serem facilmente movimentados, se preciso for”, conclui o Pietro.

Sobre Pietro Terlizzi

Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, Pietro Terlizzi atua na área de arquitetura desde 1999, tendo passado por diferentes escritórios nos mais diversos segmentos (desde paisagismo até engenharia estrutural), absorvendo experiências e amadurecendo até abrir o seu próprio escritório, o Pietro Terlizzi Arquitetura. Com trabalhos nas áreas residências, comerciais e corporativas, o escritório se compromete com todos os detalhes do projeto, desde a criação do conceito até a escolha dos objetos e móveis. Para Pietro, a preocupação com a atividade e o impacto que o espaço projetado poderá causar, tais como a relação entre as escalas, a luz, a temperatura, as texturas e as cores, bem como a diversidade de percepção e experiência que cada um terá dentro dele, são os fatores que impulsionam cada nova criação.

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Fonte: Da Redação/Assessoria

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